A menopausa não é apenas uma mudança hormonal – é uma transição profunda que afeta o corpo, a mente e o metabolismo. Muitas mulheres se veem de repente lidando com ganho de peso inexplicável, redistribuição de gordura corporal, maior fadiga e uma sensação geral de "não se reconhecer mais". Mas o que realmente acontece com o metabolismo durante a menopausa? E o que podemos fazer para cuidar da nossa saúde de forma concreta e eficaz?
Neste artigo, exploramos as evidências científicas mais recentes para entender melhor os mecanismos por trás das mudanças metabólicas na menopausa e oferecer estratégias práticas para enfrentá-las.
1. O metabolismo desacelera – mas não é culpa sua
Com o avanço da idade, a taxa metabólica basal diminui em média de 2 a 4% por década. Durante a menopausa, esse processo se intensifica devido à perda de massa muscular (sarcopenia) e à queda nos níveis de estrogênio. Estudos recentes (Nature, 2023) confirmam que mulheres na menopausa perdem até 1% de massa magra por ano, o que impacta diretamente o gasto energético em repouso.
O que isso significa? Mesmo mantendo a mesma alimentação e nível de atividade física, você pode ganhar peso mais facilmente. Não se trata de falta de força de vontade – é biologia.
2. A gordura muda de lugar: olá, gordura visceral
Mesmo que o peso não mude, a distribuição da gordura corporal sim. A queda nos estrogênios favorece o acúmulo de gordura visceral – especialmente na região abdominal – que é metabolicamente ativa e libera citocinas inflamatórias como TNF-α e IL-6.
Por que isso importa? Esse tipo de gordura aumenta o risco de resistência à insulina, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Segundo a American Heart Association (2023), a gordura abdominal pode aumentar em até 20% durante a menopausa, mesmo em mulheres com peso considerado normal.
3. Aumenta o risco de resistência à insulina e diabetes tipo 2
Os estrogênios desempenham um papel essencial na regulação do metabolismo da glicose. Sua ausência reduz a eficácia do transportador GLUT4 nos músculos, limitando a absorção de glicose e elevando os níveis de açúcar no sangue.
Resultado: Mulheres pós-menopausa têm o dobro do risco de desenvolver diabetes tipo 2, com níveis médios de glicemia de jejum 8 mg/dL mais altos do que mulheres na pré-menopausa.
4. Dormir mal piora tudo
O sono é um regulador natural do metabolismo. Na menopausa, os distúrbios do sono são frequentes e estão ligados a variações hormonais, suores noturnos, ansiedade e estresse. Dormir pouco altera a produção de leptina e grelina – hormônios que controlam a fome e a saciedade.
O que acontece: mais fome, mais desejo por alimentos açucarados e menos energia para se movimentar. Um ciclo difícil de quebrar sem consciência e apoio.
5. O risco de doenças crônicas aumenta
A menopausa é um fator de risco independente para várias doenças crônicas:
Esses dados não devem nos assustar, mas sim nos motivar a cuidar de nós mesmas com ferramentas baseadas em evidências e acolhimento.
O que você pode fazer: estratégias práticas para proteger seu metabolismo
🧘♀️ Mova-se com regularidade e construa massa muscular
🥗 Alimente seu corpo com inteligência
🧠 Gerencie o estresse
📊 Monitore seus indicadores de saúde
🤝 Busque apoio Você não está sozinha. Existem caminhos de cuidado médico e multidisciplinar para te acompanhar com ciência, empatia e personalização.
A menopausa não é uma sentença metabólica – é uma fase de transformação. Compreender o que está acontecendo no seu corpo é o primeiro passo para cuidar de si com consciência. Com as estratégias certas, é possível proteger o metabolismo, prevenir doenças crônicas e viver essa nova fase da vida com energia, equilíbrio e confiança.
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Fontes principais: