
Você se sente mais cansada do que o normal, mesmo depois de uma noite inteira de sono? Tem a sensação de estar sempre sem energia, sem motivo aparente?
A fadiga crônica é um dos sintomas mais comuns e menos reconhecidos da perimenopausa e da menopausa. Muitas mulheres atribuem isso ao estresse ou à idade, mas a causa geralmente é uma combinação de fatores hormonais, metabólicos e psicológicos que se ativam nessa fase da vida.
Durante a menopausa, os níveis de estrogênio e progesterona oscilam e depois diminuem de forma estável. Esses hormônios não regulam apenas o ciclo menstrual, mas também influenciam:
- a qualidade do sono
- a produção de serotonina e dopamina (os hormônios do bem-estar)
- o metabolismo energético
- a temperatura corporal e a vasodilatação
Quando esse equilíbrio é alterado, os sistemas que controlam a energia física e mental também desaceleram. De acordo com a European Menopause and Andropause Society (EMAS, 2022), as variações hormonais podem modificar a função das mitocôndrias, os “geradores de energia”das células, reduzindo a capacidade do organismo de produzir energia de forma eficiente.
Outro fator-chave é a qualidade do sono, muitas vezes prejudicada por:
- ondas de calor e suor noturno
- ansiedade ou irritabilidade
- alterações hormonais no ritmo circadiano.
De acordo com o Menopause EmpowermentGuide, até 60% das mulheres na perimenopausa sofrem distúrbios do sono, o que afeta diretamente a concentração, o humor e a vitalidade. A privação crônica de sono não apenas reduz a energia, mas também altera o metabolismo da glicose, agravando a sensação de fadiga.
Com a diminuição do estrogênio, a eficiência metabólica também é reduzida:
- a massa muscular diminui
- a resistência à insulina aumenta
- cresce o risco de deficiências nutricionais (ferro, B12, vitamina D).
Isso cria uma espécie de “dívida energética”, em que o corpo tem mais dificuldade para transformar alimentos em energia utilizável. Muitas mulheres descrevem a sensação como “se mover em câmera lenta”, mesmo dormindo e se alimentando regularmente. Um check-up completo, incluindo hemograma, ferritina, vitamina D, B12, glicemia e TSH, pode ajudar a excluir deficiências ou desequilíbrios endócrinos que pioram a fadiga.
A mente e o corpo se comunicam constantemente por meio do sistema hormonal. Quando os níveis de estrogênio e progesterona diminuem, a resposta ao estresse também muda: o cortisol tende a aumentar, gerando uma sensação constante de tensão e exaustão.
A deficiência de estrogênio reduz a produção de serotonina, aumentando o risco de sintomas depressivos ou ansiosos.O resultado é um ciclo vicioso: menos energia → menos motivação → mais estresse→ ainda menos energia. Reconhecer essa ligação é o primeiro passo para intervir com estratégias direcionadas, incluindo apoio psicológico ou mindfulness.
A abordagem para o cansaço na menopausa deve ser integrada: corpo, mente e hormônios trabalham juntos.
1. Mova-se mesmo quando estiver cansada.
Atividade física leve e treino de força melhoram o metabolismo e estimulam as endorfinas.
2. Cuide do sono.
Evite cafeína após as 15h, mantenha horários regulares e mantenha o quarto fresco para reduzir o suor noturno.
3. Nutrição anti-fadiga.
Prefira alimentos ricos em ferro (leguminosas, folhas verdes, carnes magras),vitamina B12 (ovos, peixe, laticínios) e magnésio (nozes, sementes, cereais integrais).
4. Reduza o cortisol.
Pratique técnicas diárias de relaxamento como respiração profunda, meditação e yoga para reduzir o impacto do estresse no corpo.
5. Consulte um especialista.
Em alguns casos, a terapia hormonal (TH) pode ajudar a reequilibrar os níveis hormonais e melhorar a energia e a qualidade do sono (EMAS, NAMS).
O cansaço na menopausa é comum, mas não deve ser ignorado. É importante consultar um médico se:
- a fadiga persistir por mais de um mês
- vier acompanhada de perda de peso ou apatia
- interferir no trabalho ou na vida diária
- estiver associada a palpitações, dor ou tontura.
O médico pode avaliar causas hormonais, metabólicas ou psicológicas e indicar o tratamento mais adequado.
Na Pausetiv, acreditamos que cada sintoma é um sinal de conhecimento, não uma fraqueza.
Por meio do Diário de Sintomas, cada mulher pode monitorar seus níveis de energia, sono e humor, criando um relatório útil para compartilhar com o médico. O objetivo é ajudar as mulheres a reconhecer os padrões do próprio corpo e transformá-los em ações concretas para recuperar equilíbrio e vitalidade.
O cansaço na menopausa não é “apenas estresse” nem um sinal de envelhecimento. Éa linguagem do corpo pedindo atenção, nutrição e cuidado. Descubra como monitorar sua energia e enfrentar o cansaço com o apoio da Pausetiv pausetiv.com.
